Em um universo de mudanças constantes e transformação digital, muitas vezes a essência humana pode ser deixada de lado. Produções como Ex-Machina, Black Mirror, Her e outras, reforçam o quanto a tecnologia pode afastar nossa humanidade. Na contrapartida, a metodologia ágil é uma vertente que visa abraçar o digital, mas de maneira humanizada e pensando nos benefícios que ele engloba.
A metodologia ágil entende a tecnologia como um catalisador das nossas relações. Ainda assim, o universo corporativo coloca à prova o quão importante nossa essência é em uma empresa. Neste blogpost, vamos desmistificar essas incertezas e reforçar que mesmo no mundo digital ainda falamos sobre pessoas.
Sumário
Em tempos de home office, ainda há interação?
Nas empresas, o primeiro passo depois da pandemia foi avaliar a possibilidade de trabalho remoto por parte dos colaboradores. Dentro desse novo contexto, encaramos novos desafios e vivenciamos um distanciamento de todos colegas de trabalho e do dia a dia no escritório.
Longe de tudo e de todos, mas mesmo assim com entregas constantes. Será que isso é o mais importante para uma organização? Entregas e nada mais? Bom, não existe uma empresa que cresça mantendo valores se não houver um ambiente saudável entre seus colaboradores. Por isso, o bom convívio deve ser sempre valorizado e colocado como uma das prioridades, mesmo que a distância.
É importante que a entrega seja o foco de todos, mas que seja feita ao lado de pessoas que trabalham juntas e se conheçam para além do trabalho. Essa relação entre pessoas torna os ritos ágeis ainda mais importantes para o processo, uma vez que eles ajudam na interação.
Transformação digital e humana
Ainda falando sobre o que é a metodologia ágil no contexto do home office, agora falamos sobre o papel do RH: função que tem a essência humana como ferramenta de trabalho. No meio ágil, ele visa identificar e exaltar o valor do grupo, perceber potenciais dificuldades e resolvê-las em conjunto. No contexto atual, tudo isso – é claro – de casa.
As vantagens e desvantagens do trabalho de casa são sentidas individualmente, o que posteriormente afeta o coletivo. O time de Recursos Humanos pode aliviar ou até evitar esse sentimento e estabelecer a confiança no time, levando novas perspectivas para os times. Bem além das máquinas, né?
É importante que todas as ações dos Recursos Humanos tenham um único objetivo: fortalecer o sentimento de unidade e a segurança psicológica. As empresas são vivas e orgânicas, e esse é o sentimento que vai alimentar a engrenagem do negócio. Em resumo, é mais importante empoderar do que gerir colaboradores. Afinal de contas, esse é um dos pilares do manifesto ágil, essencial para a transformação digital.
Ainda é importante exercer humanidade
A espontaneidade e criatividade no trabalho são recursos que nós, humanos, produzimos de maneira singular, executando tarefas com um propósito: muito além do “fazer por fazer”. Essa peculiaridade da humanidade deve ser somada à tecnologia, e não reduzida. Mais uma vez ressaltamos neste artigo que a tecnologia não deve ser uma vilã, mas sim uma aliada.
Entender a essência humana como uma poderosa ferramenta para a execução dos avanços tecnológicos é um passo a frente para um futuro promissor. Dessa forma, compreender esse fenômeno é deixar de lado algumas crenças limitantes sobre Tecnologia X Humanidade, e entender que as duas podem – e devem – andar juntas.
Para Gerd Leonhard, autor do livro “Tecnologia versus humanidade”, as necessidades da humanidade vão mudar de acordo com a demanda de tecnologia e vice-versa. Isso implica até mesmo diminuir o consumo dela ou consumí-la de maneira consciente:
Tendo em conta os próximos maremotos de novas tecnologias e plataformas de participação digital, é altura de pensar na nutrição digital como pensamos na nutrição corporal.
As tecnologias de informação e da comunicação evoluem
Tecnologia é um conceito que abrange diferentes formas de construir e criar. O fogo já foi considerado uma tecnologia avançada em determinada época, assim como as carroças e a internet discada. Por isso o título deste parágrafo é um convite a entender que as tecnologias de informação e da comunicação evoluem, e que bom que elas evoluem! Assim, nós aprenderemos novas formas de interação com nossos iguais: sempre levando em consideração conceitos éticos e morais da humanidade.
Talvez a transformação digital não gere um universo como o filme Wall-E, da Disney, desenha. Muito menos como as visões distópicas de Black Mirror, mas, para isso, é necessária a visão crítica e madura de como produzimos e consumimos tecnologia.
Você pode conferir mais desses insights provocativos em nosso podcast, o Os Agilistas. Nele, você confere de perto as esferas do agilismo e seus desafios com temas debatidos por profissionais que entendem do assunto. Além disso, você pode fazer parte do time dti, com pessoas que colocam a cultura ágil em primeiro lugar. Se inscreva em nossa página de carreiras e encontre a vaga que mais se encaixa no seu perfil! Te esperamos lá!
