Falar em Design Thinking (DT) é acompanhar uma tendência. Nos negócios inovadores que o dinâmico mercado contemporâneo demanda, especialmente o de TI, a forma tradicional de entender e solucionar um problema não é mais tão eficiente. Por outro lado, apesar do nome, o DT é uma abordagem para se pensar além do que vê, colocando o foco nas pessoas e não nos problemas.
Imagine uma caixa de papelão. Ao olhar para ela, um adulto enxerga apenas isso: uma caixa. No entanto, ele está condicionado a pensar apenas no seu uso óbvio. Por outro lado, se colocarmos uma criança diante dessa mesma caixa, ela vai imaginar outras coisas: um carrinho, um castelo, um cavalo, etc. Como resultado, o Design Thinking busca despertar esse “ir além” da nossa mente, alcançando soluções inovadoras para problemas simples ou complexos.
O processo do Design Thinking
Para Charles Burnette, precursor da metodologia do design na educação, a abordagem de DT trabalha de forma crítica e criativa, organizando informações e ideias para tomar decisões e adquirir conhecimento, aprimorando situações. Além disso, como toda forma de solucionar problemas, existe também uma metodologia a ser seguida na abordagem do Design Thinking. Por esse motivo, o investimento em novas metodologias e processos é algo que as organizações vêm fazendo, sempre em busca de maior produtividade, qualidade e previsibilidade.
O Design Thinking recebeu esse nome por se assemelhar ao processo criativo de um designer quando está desenhando uma solução para o problema de um cliente: cadeira ergonômica, apoio anatômico, entre outros. Por isso, essa mudança de foco do produto para o cliente é o grande charme dessa nova forma de pensar. Ao fim desse processo, chega-se a uma solução que é extremamente aderente ao público, gerando produtos e serviços com grande potencial.
Veja o passo a passo do processo de Design Thinking:
- Descoberta: qual o desafio?
- Interpretação: como interpretar esse desafio?
- Ideação: como criar soluções para aproveitar essa oportunidade descoberta?
- Experimentação: como concretizar a ideia?
- Evolução: como aprimorar a experiência?
DT e as metodologias ágeis
Nesse ponto, você já deve ter enxergado o potencial que a abordagem do Design Thinking traz ao setor de TI. Além disso, olhando para o desenvolvimento de sistemas, os métodos ágeis se encaixam perfeitamente nesse processo, ao solucionar problemas complexos e desestruturados de forma diferente do processo tradicional da indústria de software.
Veja: em uma metodologia ágil, o escopo surge de uma conversa com o cliente para projetar o protótipo. Essa é a descoberta. Em seguida, surge sua interpretação, buscando entender o que é o que mais incomoda o comprador. Depois, é a hora de estabelecer um plano de trabalho, criando “remédios” para a “dor” do cliente. A partir disso, segue-se para o desenvolvimento dos pacotes de entrega, com protótipos funcionais que vão sendo validados junto ao cliente, cujo feedback norteia as próximas etapas do projeto, buscando aprimorar sua experiência.
Percebe como o fluxo de trabalho é organizado, ágil e otimizado? Muitas vezes, o cliente sequer sabe delimitar seu verdadeiro problema, colocando a equipe de TI no papel de bombeiro, sempre a postos para apagar os incêndios que surgem. Nesse cenário, é complicado avançar. Organizar informações, entender os desafios e propor soluções, validando as hipóteses diretamente com quem vai usar o software, é a melhor maneira de inovar e ser eficiente.
O mercado reconhece as empresas assim, e a utilização do Design Thinking pode ajudá-lo a ser uma delas. Ainda tem dúvidas sobre o Design Thinking? Está pronto para utilizá-lo em sua empresa? Deixe um comentário e participe da conversa!